.: Cachaça :.
Resumo da Análise
Normas e Documentos de Referência
Metodologia da Análise
Laboratórios
Marcas Analisadas
Resultado das Análises
Conseqüências
Resumo da Análise
Em 14/11/96, foi concluída a análise em
aguardente de cana ou cachaça, que na verdade, segundo a legislação
aplicável, são produtos similares porém distintos. A decisão de
ensaiar aguardentes ou cachaças foi motivada por algumas denúncias
de que, eventualmente, poderiam estar contaminadas, em particular
com metanol ou cobre, ou "batizadas", o que significa
possuírem teor alcoólico abaixo do exigido pela legislação em vigor,
devido a mistura com água. Buscou-se, portanto, fazer uma análise
da tendência em termos de qualidade desse produto.
Observação Importante:
Em 1996, quando essa análise foi realizada no âmbito do Programa de Análise de Produtos, a definição de cachaça aqui apresentada era a definida pelo órgão egulamentador, o MAPA. Posteriormente à análise, a definição de
cachaça foi alterada, podendo ser encontrada tanto na IN nº 13, de 29/06/2005 do MAPA quanto no RAC anexo à Portaria Inmetro nº 276 de 24/09/2009.
Normas e Documentos de Referência
Decreto 73.267, de 06/12/73, estabelecido
pelo Presidente da República
Portaria 371 do Ministério da Agricultura,
publicada no D.O.U. de 19/09/74.
Metodologia da Análise
Os ensaios verificaram a conformidade das
aguardentes de cana e das cachaças segundo a legislação aplicável.
A diferença básica entre a aguardente de
cana e a cachaça está na origem da matéria prima. Enquanto a aguardente
de cana é feita diretamente a partir do destilado da cana, a cachaça
é feita a partir do melaço resultante da produção de açúcar de cana.
Foram analisados os seguintes requisitos
estabelecidos na legislação:
a) Teor alcoólico
(entre 38 e 54° GL).
Este requisito está relacionado à quantidade
de água adicionada à cachaça. A legislação permite a adição de água
potável, dentro de certos limites. Muita água implica em baixo teor
alcoólico, ou seja, o consumidor está comprando água como cachaça.
b) Impurezas Totais
Voláteis "Não Álcool" ( não podem ser inferior a 0,200g
e nem superior a 0,650 g por 100 ml).
As impurezas totais representam a soma de
aldeídos, ácidos voláteis, ésteres, furfural e álcoois superiores.
O limite máximo está associado ao fato de constituírem impurezas,
ao passo que o limite inferior está associado ao fato de que tais
impurezas na verdade constituem o chamado "bouquet" da
aguardente ou cachaça. O "bouquet" influência no aroma,
no sabor e na consistência do produto. O enquadramento nos limites
de impurezas totais, exigidos na legislação, é alcançado pelos chamados
"cortes", que são feitos pela mistura com destilados de
igual natureza unicamente na proporção necessária.
c) Aditivos Incidentais.
São eles o álcool metílico, que não pode
ser superior a 0,25 ml (mililitros) por 100 ml de álcool anidro
e o cobre, que não pode ser superior a 5 mg (miligramas) por litro.
Ambos são extremamente tóxicos ao organismo humano, sendo que o
metanol provoca além de lesões hepáticas a intoxicação neurológica,
que pode variar desde um nível de sedação até o estado de convulsão,
dependendo da dose ingerida, e o cobre a cirrose hepática, que em
função de um dos seus sintomas é popularmente conhecida como "pé
inchado".
d) Rotulagem.
A análise da rotulagem foi feita em relação
aos requisitos do Decreto 73.267, que faz exigências específicas
em relação às cachaças e às aguardentes de cana, e em relação ao
Código de Defesa do Consumidor - CDC.
Laboratórios
LABORATÓRIOS
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TELEFONE
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FAX
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CONTATO
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ENDEREÇO
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Laboratório
Nacional de Referência Vegetal do Ministério da Agricultura
- Laboratório de Bebidas e Vinagres - LABV/RJ |
(021)284-5646
(021)/284-2593
|
(021)284-5646
|
José
Diocleciano Peixoto
Neide Cléia Ribeiro
|
Av.
Maracanã, 252
Maracanã - RJ
CEP: 20271-110
|
Marcas Analisadas
Com relação às informações
contidas na homepage sobre o resultados dos ensaios, você vai observar
que identificamos as marcas dos produtos analisados apenas por um
período de 90 dias. Julgamos importante que você saiba os motivos:
- As informações geradas pelo Programa
de Análise de Produtos são pontuais, podendo ficar desatualizadas
após pouco tempo. Em vista disso, tanto um produto analisado e
julgado adequado para consumo pode tornar-se impróprio, como o
inverso, desde que o fabricante tenha tomado medidas imediatas
de melhoria da qualidade, como temos freqüentemente observado.
Só a certificação dá ao consumidor a confiança de que uma determinada
marca de produto está de acordo com os requisitos estabelecidos
nas normas e regulamentos técnicos aplicáveis. Os produtos certificados
são aqueles comercializados com a marca de certificação do Inmetro,
objetos de um acompanhamento regular, através de ensaios, auditorias
de fábricas e fiscalização nos postos de venda, o que propicia
uma atualização regular das informações geradas.
- Após a divulgação dos resultados, promovemos
reuniões com fabricantes, consumidores, laboratórios de ensaio,
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnica e outras entidades
que possam ter interesse em melhorar a qualidade do produto em
questão. Nesta reunião, são definidas ações para um melhor atendimento
do mercado. O acompanhamento que fazemos pode levar à necessidade
de repetição da análise, após um período de, aproximadamente,
de 1 ano. Durante o período em que os fabricantes estão se adequando
e promovendo ações de melhoria, julgamos mais justo e confiável,
tanto em relação aos fabricantes quanto aos consumidores, não
identificar as marcas que foram reprovadas.
- Uma última razão diz respeito ao fato
de a INTERNET ser acessada por todas as partes do mundo e informações
desatualizadas sobre os produtos nacionais poderiam acarretar
sérias conseqüências sociais e econômicas para o país.
Resultado das Análises
As análises efetuadas revelaram que a tendência
do mercado de aguardente é de atender aos requisitos de qualidade
exigidos pela legislação.
Das dezesseis marcas ensaiadas, 3 marcas
apresentaram não-conformidades físico-químicas e uma de rotulagem.
Uma amostra apresentou teor alcoólico abaixo do exigido, o que denota
adição exagerada de água, as outras duas marcas apresentaram teor
de cobre acima do permitido, o que põe em risco a saúde dos consumidores,
e uma outra marca informava, no rótulo, tratar-se de aguardente
envelhecida, o que não foi confirmado na análise laboratorial.
Conseqüências
DATA
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AÇÃO
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08/12/1996
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Divulgação no Programa Fantástico
da Rede Globo de Televisão
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Previsão de repetição da análise
de conformidade para 2001.
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