Na última terça-feira (12/09), o presidente do Inmetro, Carlos Augusto de Azevedo, e os diretores do Instituto receberam, em Xerém, o vice-presidente do Instituto Nacional de Tecnologia Industrial (INTI) da Argentina, Hugo Monté, o diretor técnico, Pablo Echazarreta e o assessor da Presidência, Leonardo Abraham. O objetivo foi avançar na pauta de trabalho conjunto entre os dois países, especialmente nas áreas de etiquetagem veicular, de sensores termodinâmicos e de microbiologia. O encontro antecedeu a V Reunião da Comissão Bilateral de Produção e Comércio entre Brasil e Argentina, que aconteceu em Brasília, entre os dias 13 e 14 de setembro.
A Argentina é o principal parceiro comercial do Brasil na América Latina e o terceiro maior em todo o mundo. Até agosto, as exportações brasileiras para a Argentina foram de US$ 11,4 bilhões, com um crescimento de 30% na comparação com os oito primeiros meses de 2016. As importações de produtos argentinos pelo Brasil, por sua vez, aumentaram 6,7%, no mesmo período comparativo, somando agora US$ 6,1 bilhões.
De acordo com o presidente do Inmetro, é fundamental que a cooperação entre os dois Institutos – brasileiro e argentino – seja cada vez mais ativa, com agendamento de ações importantes para o comércio exterior e para o Mercosul. “Nossos empresários já se misturaram. Há fábricas em três, quatro países, com trânsito de peças e de equipamentos entre elas. Temos que simplificar as transações e ter convergência regulatória, para que isso funcione melhor. A indústria e o desenvolvimento precisam disso”, afirmou.
Azevedo ressaltou que o objetivo não é que haja desregulamentação, mas que a regulamentação seja mais simples, facilitando o comércio, sem deixar de garantir a segurança do consumidor.
No que diz respeito à etiquetagem veicular, o objetivo é que haja transferência de tecnologia, para garantir o reconhecimento mútuo entre os países. Para isso, Inmetro e INTI realizarão estudos para compatibilização de aspectos metodológicos como temperatura de uso, tipos de combustíveis e configuração de modelos de veículos.
Pesquisa, desenvolvimento e caracterização metrológica de sensores termodinâmicos (temperatura, umidade e pressão) para monitoramento da qualidade de produtos alimentícios e biomédicos também está na pauta de atuação conjunta entre Brasil e Argentina.