.: Testes de dopagem: A metrologia a favor do esporte :.

A boa forma física não é pré-requisito apenas para os atletas de ponta que participarão dos Jogos Pan-Americanos, no Rio de Janeiro, em julho próximo. Quando for dada a largada para a maior competição esportiva das Américas, a equipe de profissionais da área Química do Laboratório de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (Ladetec), ligado ao Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro, passará por uma prova de resistência. São eles que vão realizar os exames de controle de doping nos jogos.

Aproximadamente 1.300 testes antidoping serão realizados durante as duas semanas de competição dos Jogos Pan-Americanos e, pela primeira vez, cerca de 3% de cada delegação serão sorteados para realizar os exames.

Assuntos referentes aos testes de dopagem no Pan, como dos efeitos colaterais de certos abusos, por exemplo o uso de anabolizantes, serão abordados pelo coordenador-geral do Ladetec, professor Francisco Radler, na palestra “Estratégia de análise multitriagem de multiresíduos para o controle de dopagem no PAN 2007, no dia 15 de maio, das 10h às 12h, no auditório do Inmetro, em Xerém.

O Ladetec é acreditado pelo Inmetro segundo a ISO–17025 para ensaios, sendo o único laboratório na América do Sul credenciado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) e pela Agência Mundial Antidopagem (World Anti-doping Agency, WADA), para análises de controle de dopagem no esporte.

Curiosidades

Você sabia?

- O uso por atletas de substâncias naturais ou sintéticas em busca de melhor desempenho físico antes de competições é conhecido como dopagem (doping).

- O Brasil nunca teve um atleta de sua delegação flagrado pelo uso de doping durante as principais competições internacionais, como Jogos Olímpicos e Pan-americanos.

- O conceito de doping sempre esteve presente na vida do homem - na tentativa de aumentar seu rendimento no trabalho e na guerra. Registros de doping remetem a 800 a.C., quando estimulantes a base de cogumelos eram usados nos Jogos da Antigüidade. Os povos andinos, por exemplo, utilizavam, para tais fins, folhas de coca, cuja mastigação evitava a sensação de fome, sede e fadiga.

- As substâncias mais utilizadas para fins de doping são estimulantes, para aumentar o alerta e reduzir a fadiga; analgésicos narcóticos, para aliviar as dores; betabloqueadores, para reduzir os tremores na mão causados pelo stress; diuréticos, para redução de peso; entre outros. Alguns esportistas recorrem aos esteróides anabolizantes, que aumentam a massa muscular e a agressividade, potencializando o desempenho.

- O primeiro registro de morte de atletas por doping, ocorreu em 1886, no ciclismo, através do uso intensivo de speed balls, uma mistura de cocaína com heroína. Por não corresponder à ética esportiva e por prejudicar a moral e a saúde dos usuários de doping, a prática foi proibida em 1967, quando o Comitê Olímpico Internacional estabeleceu o controle de dopagem.

- Além dos efeitos desejados nas competições, algumas substâncias também podem prejudicar a integridade física dos usuários. “As drogas estimulantes trazem como efeitos colaterais o aumento da pressão arterial, dores de cabeça e ansiedade, entre outros sintomas.

- Os anabolizantes, ao mesmo passo em que eles aumentam a massa muscular e a agressividade, também aumentam os riscos de infarto, acidente vascular cerebral, embolia pulmonar, psicose e depressão.

- O exame para detecção de doping começa pela coleta de material, que, em geral, trata-se da urina. Este fluido é o mais indicado para se realizar o exame antidoping, porque concentra todas as moléculas representativas de todas as substâncias presentes no organismo, sendo um repositório daquilo que a pessoa tomou. O sangue, ao contrário, retrai as moléculas que estão circulando; porém, ele não as concentra.

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