Para cada uma das 22 rações selecionadas para o teste foram feitos cinco exames: microbiológico, físico-químico, metais, micotoxinas e rotulagem. Apenas duas marcas, ambas de ração para gatos, não passaram no exame físico-químico: Petis Cat e Royal Canin. De acordo com Ana Luisa Guéron, engenheira de análise de produtos do Inmetro e responsável pelos testes, essas duas marcas apresentaram fibra bruta acima do limite permitido, o que provoca menos absorção de nutrientes. "O valor indicado pela Instrução Normativa número 7 do Ministério da Agricultura e do Abastecimento foi ultrapassado em 30% por essas duas marcas", explicou a engenheira. A fabricante da ração Petis Cat informou ao Inmetro que vai ajustar os níveis de fibra bruta do produto. Já a empresa responsável pela marca Royal Canin informou que vai confrontar análises feitas na França com os resultados divulgados pelo Inmetro.

Entre as 11 marcas analisadas de ração para gatos, sete apresentaram problemas de rotulagem - informações em desacordo com os resultados das análises ou fora dos padrões determinados pela legislação. Além das já citadas Petis Cat e Royal Canin, estão nesse caso as marcas Ron Ron, Le Roy, IAMS - Cat Food, Top Cat e Gatsy. Foram aprovadas em todos os testes as marcas Cat Show, Whiskas, Friskies e Gatto.

Já na análise feita em rações para cães, o resultado foi mais animador. Quatro das 11 marcas apresentaram problemas de rotulagem - Bacán, Frolic, Pedigree e Biriba-Floc. As outras sete foram aprovadas em todos os testes: Eukanuba, Big Boss, Royal Canin, Bonzo, Pro Plan, Pitukão e Ringo. Os testes foram feitos pela Divisão de Bromatologia, Toxicologia e Medicamentos do Instituto Octávio Magalhães - LACEN Minas Gerais, da Fundação Ezequiel Dias, sob supervisão do Inmetro.

A análise mostrou ainda uma faceta interessante: a equivalência de qualidade entre as marcas nacionais e importadas. A equivalência, contudo, não está nos preços. Enquanto as marcas importadas custam, em média, R$ 20,00, as nacionais custam R$ 9,00.