.: Esfigmomanômetros :. Resumo da Análise Resumo da AnáliseEm 8/05/97, o Inmetro concluiu a análise em esfigmomanômetros através da verificação do estado de calibração dos mesmos. Pretende-se em um primeiro momento, antes de aplicar qualquer medida punitiva, articular-se com os hospitais, clínicas e classe médica em geral, objetivando fazê-los adotar como prática rotineira a calibração periódica dos esfigmomanômetros. Normas e Documentos de ReferênciaO Inmetro através da Portaria n° 24, de 22 de fevereiro de 1996, aprovou o Regulamento Técnico Metrológico que estabelece as condições a que devem satisfazer os esfigmomanômetros mecânicos. Através dessa Portaria, os fabricantes ou importadores tiveram um prazo de 6 (seis) meses para apresentarem seus modelos de esfigmomanômetros para aprovação pelo Inmetro. De acordo com a regulamentação, estes aparelhos, antes de serem colocados em uso, devem passar, ainda, por uma verificação inicial que determina, entre outros ensaios, o erro máximo de indicação, a comprovação da indicação do ponto zero e a verificação do escapamento de ar. Esta verificação inicial é feita nas dependências dos fabricantes ou em outro local, a critério do Inmetro. Quanto aos esfigmomanômetros que estão em utilização, a Portaria determina que poderão continuar em uso desde que estejam de acordo com os erros máximos permitidos. Além disso, todos os aparelhos, novos ou em uso, deverão passar, a cada ano, por uma verificação periódica. A regulamentação prevê ainda a possibilidade de verificações eventuais a pedido do detentor do instrumento, após o conserto e/ou manutenção do mesmo ou quando o Inmetro julgar necessário. A realização de verificações e calibrações periódicas é que garantirá que os esfigmomanômetros em uso estejam de acordo com os erros permitidos e portanto apresentam medições fidedignas. Metodologia da AnáliseForam selecionados quatro hospitais em cada uma das seguintes cidades: Juiz de Fora, São Paulo e Rio de Janeiro. Foram escolhidos, em cada uma das cidades, hospitais públicos e privados que atendem a grande parte da população. Responsáveis pelas MediçõesAs medições foram feitas sob orientação do Inmetro, por técnicos especializados do Inmetro e dos Institutos de Pesos e Medidas - IPEMs das cidades onde estão localizados os hospitais. Resultado das Análises
Os resultados do trabalho, ora realizado, de verificação da calibração dos esfigmomanômetros em uso indicam que, em sua grande maioria, apresentam erros acima do limite permitido, que é de 4 mm Hg. Exatamente 61% do total de esfigmomanômetros verificados apresentaram-se fora do erro máximo permitido. Por cidade, a maior incidência de reprovação é em São Paulo, com 76%, e a menor, no Rio de Janeiro, que teve 40% dos aparelhos verificados reprovados. Também em São Paulo foi observada a maior discrepância em relação a medição desejável. Um dos aparelhos verificados apresentou um erro de 33 mm Hg, contra os 4 mm Hg permitidos. Essa discrepância levará a um preocupante erro no laudo médico. Na medida que o aparelho apresenta um erro de 33 mm Hg para mais em relação ao valor real, o médico tomará uma decisão com base inadequada em uma premissa falsa, podendo tratar como hipertenso um paciente que na verdade não o é. Foram observados também erros para menos, que podem levar o médico a tratar um paciente normotenso como hipotenso. ComentáriosOs resultados revelados pelas verificações efetuadas deixam clara a importância das ações que vêm sendo desenvolvidas pelo Inmetro no sentido de exigir dos fabricantes modelos dos esfigmomanômetros disponíveis no mercado para aprovação prévia e exigir a calibração periódica dos em uso, para verificar se estão devidamente calibrados, ou seja, de acordo com os erros máximos permitidos. O Inmetro habilitou os IPEMs (institutos de pesos e medidas estaduais) em todo o BRASIL, que dispõem de profissionais e padrões adequados à estes serviços. Faz-se necessária uma articulação do Inmetro com as entidades representativas dos hospitais, com a classe médica e com os fabricantes objetivando por em prática as ações idealizadas. Paralelamente, é importante a divulgação dos resultados ora observados, estimulando a população a verificar junto aos médicos e aos hospitais se os esfigmomanômetros em uso estão devidamente calibrados, envolvendo os consumidores na melhoria da qualidade dos serviços prestados. Divulgação
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